O guitarrista Michael Weikath concedeu entrevista para o site da revista digital El Bondi, e falou sobre alguns momentos da carreira da banda, sobre ter pensado em sair do Helloween e sobre a polêmica do uso dos coros pré-gravados durante o primeiro show da Pumpkins United World Tour além de falar sobre a relação dos vocalistas Michael Kiske e Andi Deris. Leia abaixo alguns dos principais trechos.
Sobre o som da banda ter se tornado mais obscuro por um período, Michael diz que chegou até em deixar a banda e explica o porque de a banda ter seguido esse caminho:
"Foi porque nós eramos pessoas que queriam ir nessa direção e porque alguns elementos da gestão nos disse para tentar amadurecer e nos tornar adultos. E deixamos que eles felassem porque algumas pessoas não gostam de serem alegres ou de ser divertido. Porque eles só querem fazer música com suas estruturas e dizer "Aqui está o álbum, estamos muito orgulhosos, agora você diz que você também gosta". Mas para mim sempre foi mais do que apenas fazer "material sombrio", pessoalmente, eu não sou muito de seguir esse caminho musical, não é o que significa o Helloween, e é por isso que depois de "The Dark Ride" (2008), me ofereci para deixar a banda. Eles disseram: "Não, você não pode sair"; "Tudo bem, então, há coisas que precisam ser mudadas, duas pessoas têm que sair ..." (NR: Roland Grapow e Uli Kusch)."
Weikath também falou sobre a relação entre os vocalistas Michael Kiske e Andi Deris:
"Eles já se conhecem na vida real, e eles parecem inseparáveis pela quantidade de tempo que passaram juntos em Tenerife (NR: eles se reuniram na ilha para discutir as partes vocais da turnê). Eles têm um ótimo entendimento porque, para o bem de todo esse projeto, é preciso dar algo especial, e sinto que Michael sempre busca alguém com quem se relacionar e com quem você possa melhorar. Eles não precisam se preocupar com nada e, felizmente, eles trabalham como amigos."
Weikie também comentou sobre a situação que levou muitos a acusarem a banda de ter usado playback na primeira apresentação da turnê:
"Ambos os cantores ficaram com um grande resfriado e até pensamos em cancelar tudo. Mas foi um começo de merda, para colocá-lo nas palavras certas. E isso não era bom para os negócios. Então refletimos muito e, como tínhamos gravações do momento em que estávamos ensaiando, decidimos usá-las como suporte para as vozes, para que haja uma mistura com a voz original. E parece que houve alguns momentos em que ele não estava cantando ao mesmo tempo, mas colocamos no caso de algo acontecer muito, muito errado e porque não queríamos cancelar shows. Era uma situação de emergência, e não é que eu não esteja pedindo perdão por isso, eu apenas penso sobre o que Rod Smallwood (Histórico Manager do Iron Maiden) teria lhe dito: "O que diabos você quer saber? Você fala como se soubesse como administrar o negócio, saia daqui!" Eu apenas tentei te dizer em termos mais suaves (risos). Nós queríamos que tudo continuasse, Andi e Michael estavam muito preocupados, inseguros e dissemos: "Bem, cante o melhor que puder e se algo acontecer, você tem o backup"".
Fonte: El Bondi
5 Comentários
"Andi e Michael estavam muito preocupados, inseguros e dissemos: 'Bem, cante o melhor que puder e se algo acontecer, você tem o backup'".
ResponderExcluirHum, parece que o jogo virou, não é mesmo?
Não entendo essa polêmica toda sobre os playbacks. A maioria dos fãs dá banda já passou dos 30, a puberdade inexperiente já ficou pra trás há tempo suficiente pra entender que uma banda é um negócio como qualquer outro. Não existe isso de agradar os fãs a qualquer custo, essa coisa xiita. O problema surgiu em cima da hora, com shows vendidos, ingressos esgotados, arenas alugadas, e uma outra série de fatores indiretos que compõem uma turnê. É uma empresa. E se é uma empresa, tem que ter gestão. E a gestão foi competente, pq os backups estavam lá e deram conta do recado. Imagina se não tivesse isso? Será que as pessoas que estavam lá iriam preferir ir pra casa sem show do que ouvir um ou outro playback? Duvido muito.
ResponderExcluirE digo mais: fui no Espaço das Américas no sábado e lá no fundo não consegui por várias vezes identificar quem estava cantando, visto que a qualidade do som da casa é lastimável. E quer saber? Eu não dei a mínima! Estava lá pela festa, por tudo o que significava pra mim estar lá.
Então essa palhaçada em torno de playback é coisa de fã infantil e mimizento, sem noção nenhuma do que é a vida real, e quer achar motivo pra reclamar de algo que não tem reclamação!
Exatamente. Perfeito.
ExcluirNão entendo essa polêmica toda sobre os playbacks. A maioria dos fãs dá banda já passou dos 30, a puberdade inexperiente já ficou pra trás há tempo suficiente pra entender que uma banda é um negócio como qualquer outro. Não existe isso de agradar os fãs a qualquer custo, essa coisa xiita. O problema surgiu em cima da hora, com shows vendidos, ingressos esgotados, arenas alugadas, e uma outra série de fatores indiretos que compõem uma turnê. É uma empresa. E se é uma empresa, tem que ter gestão. E a gestão foi competente, pq os backups estavam lá e deram conta do recado. Imagina se não tivesse isso? Será que as pessoas que estavam lá iriam preferir ir pra casa sem show do que ouvir um ou outro playback? Duvido muito.
ResponderExcluirE digo mais: fui no Espaço das Américas no sábado e lá no fundo não consegui por várias vezes identificar quem estava cantando, visto que a qualidade do som da casa é lastimável. E quer saber? Eu não dei a mínima! Estava lá pela festa, por tudo o que significava pra mim estar lá.
Então essa palhaçada em torno de playback é coisa de fã infantil e mimizento, sem noção nenhuma do que é a vida real, e quer achar motivo pra reclamar de algo que não tem reclamação!
Weikath fez bem mesmo.
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