[RESENHA] EM SÃO PAULO, HELLOWEEN MOSTRA QUE ESTÁ MAIS VIVO DO QUE NUNCA

Foto por: Anderson Carvalho

Não estava nos planos do HELLOWEEN fazer shows nesse ano de 2019, muito menos no Brasil. Mas infelizmente o Megadeth cancelou a sua turnê pelo país, devido ao vocalista e líder da banda Dave Mustaine ter sido diagnosticado com na garganta e os alemães foram convidados para substituir a banda americana em solo brasileiro. Um pedido prontamente aceito.

Essa mini-tour se iniciou na noite de ontem (21), no Rockfest, no Allianz Parque, em São Paulo. A banda se apresentou ao lado do Scorpions, Whitesnake, Europe e Armored Dawn.

Esse foi o segundo maior show do HELLOWEEN em São Paulo, o maior show da banda na cidade desde 1998, quando se apresentou junto com o Iron Maiden no estacionamento do Anhembi. A banda se apresentou na frente de pouco mais de 37 mil pessoas na Arena do Palmeiras e mostrou que está mais viva do que nunca.

Infelizmente o show foi curto e muita interação e música foi deixada de lado para a banda ter um show mais direto e dentro do tempo que tinha disponível. Quem foi nos shows de 2017 e quem viu pela primeira vez essa turnê, ficou com um gostinho de quero mais.

Pontualmente às 18h45, o HELLOWEEN subiu ao palco e desde a primeira música, “I’M ALIVE”, a banda teve o público nas mãos e mostrou que mesmo tendo sido anunciada após muito tempo depois do início das vendas, levou uma boa parcela de fãs para a arena e que essa formação da PUMPKINS UNITED TOUR pode ficar até o dia em que a banda decidir pendurar as guitarras que os fãs não vão reclamar.


O aniversariante da noite, o baixista MARKUS GROSSKOPF, estava preparando uma surpresa para a próxima turnê, um baixo laranja em formato de abóbora. Mas acabou estreando seu novo instrumento em solo brasileiro, com essa passagem surpresa. Um baixo muito legal, que dá um grande destaque para o baixista, que como sempre, estava muito animado no palco. Você pode conferir o baixo em detalhes clicando AQUI.

Sem tempo para respirar, a banda já emendou “DR. STEIN”, ainda com KISKE e DERIS dividindo os vocais, fazendo com que a Arena inteira pulasse. Ao final, DERIS lembrou do fatídico motivo que fez com que a banda estivesse ali naquela noite e pediu para que o publico gritasse por Dave Mustaine e desejasse uma rápida melhora ao vocalista do Megadeth.

Então ANDI deixou o palco pela primeira vez e deixou que MICHAEL KISKE liderasse a banda na icônica “EAGLE FLY FREE”, fazendo os fãs cantarem à plenos pulmões. Em seguida foi a vez de KISKE deixar o palco e DERIS tomar a frente da banda com um blazer brilhante e cantar “PERFECT GENTLEMAN”, lembrando o seu início no HELLOWEEN.

Chegou então o momento mais pesado do show. Era hora de relembrar o começo de tudo, quando KAI HANSEN era o vocalista da banda e liderava o grupo alemão no início dos anos 80. Diferente do que ocorreu durante a turnê, a banda não executou o medley com três ou quatro músicas do álbum WALLS OF JERICHO, e KAI HANSEN cantou apenas a música “RIDE THE SKY” inteira junto com os mais de trinte e sete mil presentes.


Sempre lembrando que tinha pouco tempo de show e que estava focando em músicas rápidas e pesadas, a banda deu uma quebrada no ritmo para proporcionar a todos um dos momentos mais emocionantes da noite. MICHAEL KISKE anunciou a balada “A TALE THAT WANS’T RIGHT” e pediu para que todos ligassem as lanternas de seus celulares, transformando o Allianz Parque em um mar de luzes. 

Logo em seguida, ANDI DERIS voltou ao palco e brincou sobre músicas calmas darem sono e perguntou se os fãs estavam acordados e que a próxima música seria o que nós chamamos de “Fuerza” (Não, Deris. Força!). Então a banda iniciou um dos seus maiores hinos pós-1994 e uma das músicas preferidas dos fãs brasileiros, que cantaram e pularam do início ao fim.


Essa turnê com o retorno de MICHAEL KISKE e KAI HANSEN é cheia de momentos especiais, mas talvez um dos maiores e mais emblemáticos é quanto chega a hora da banda tocar “HOW MANY TEARS”, onde os três vocalistas se revezam e fazem duetos a todo instante., fazendo quem não conhecia a banda ou quem não viu os shows de 2017, ficar de boca aberta.
A clássica “FUTURE WORLD”, com a introdução de “In the Hall Of The Mountain King” de Edvard Grieg, veio em seguida e anunciava que o show estava chegando ao fim. Mas não antes de tocarem “I WANT OUT”, um encerramento perfeito, cheio de balões e papel picado, para a grande festa que é o show da PUMPKINS UNITED TOUR. Foram 65 minutos de pura emoção, nostalgia e adrenalina. 


Alguns problemas, como o microfone do guitarrista e vocalista KAI HANSEN estar um pouco baixo em alguns momentos, assim como o microfone do MICHAEL KISKE que foi sendo ajustado durante as músicas. Mas de resto, foi um show perfeito para o tempo que tinham à disposição.

Mais uma vez, o HELLOWEEN dá mostras de que deve continuar por muitos anos e com essa nova formação deve crescer ainda mais, unindo gerações de fãs e conquistando novos, já que muitos que não conheciam a banda, passaram a conhecer e adoraram após esse show no Rockfest e outros tantos vão conhecer no Rock In Rio e outros festivais dessa passagem pelo Brasil.

Agora ficamos no aguardo do novo álbum e da nova turnê que se iniciará em 2020. Quem sabe não somos agraciados com o início da turnê por aqui mais uma vez.

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1 Comentários

  1. Um verdadeiro espetáculo, minha banda favorita, estou realizado em ter visto eles ao vivo ali, apesar de ser um dos seguranças e estar trabalhando, não podia deixar de prestigiar essa fase incrível que o Helloween esta! Happy! Happy! Helloween!

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